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Laser de fibra de túlio versus hólmio: granada de ítrio e alumínio para litotripsia: uma revisão sistemática e meta-análise

Autores do Artigo

Uleri A, Farré A, Izquierdo P, Angerri O, Kanashiro A, Balaña J, Gauhar V, Castellani D, Sanchez-Martin F, Monga M, Serrano A, Gupta M, Baboudjian M, Gallioli A, Breda A, Emiliani E.

Revista

Urologia Europeia

Data da publicação

Junho 2024

Autor do Resumo

Editor

Publicação do Resumo

Janeiro 2025

  

Introdução

Novas tecnologias emergem constantemente no campo da Endourologia no tratamento da uretero e nefrolitíase. 

Objetivo

O objetivo do trabalho é avaliar se a fibra do laser de Thulium (TFL) é mais eficaz que o Holmium:YAG (Ho:YAG) no tratamento de cálculos ureterais e renais.

Desenho do estudo

Revisão baseada no método PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses) usando as bases de dados PubMed/Medline, Embase e Web of Science .

Número de pacientes

2366 pacientes

Período de inclusão

Artigos publicados até maio de 2023

Materiais e Métodos

Onze estudos preencheram os critérios de inclusão, com dados de 1.286 e 880 pacientes submetidos, respectivamente, à litotripsia com laser Ho:YAG e com TFL foram revisados. A maioria dos estudos incluiu ureteroscopia (URS) e cirurgias intrarrenais retrógradas como procedimentos; dois incluíram nefrolitotomia percutânea. 

Critérios de inclusão e exclusão mais relevantes

A maioria dos estudos incluiu ureteroscopia (URS) e cirurgias intrarrenais retrógradas como procedimentos; dois incluíram nefrolitotomia percutânea. 

Resultados

O TFL foi associado a um taxa livre de cálculo mais elevado (OR 1,84, IC 95%: 1,06-3,20; p = 0,031) quando nenhum fragmento residual é considerado, mas não quando tal taxa se refere à presença de fragmentos <3 mm (OR 2,48, IC 95%: 0,98-6,29; p = 0,055). De acordo com a localização dos cálculos, o TFL foi associado a taxa livre de cálculo mais elevado do que o Ho:YAG para cálculos renais (OR 3,14, IC 95%: 1,69-5,86; p < 0,001), mas não para cálculos ureterais (p = 0,8). O TFL foi associado a uma menor taxa de complicações intraoperatórias (OR 0,34, IC 95%: 0,19-0,63; p < 0,001). Nenhuma diferença foi encontrada na taxa de complicações maiores (p = 0,4) ou globais (p = 0,4), tempo operatório (p = 0,051) e tempo de laser (p = 0,9).

O uso do laser de fibra de Thulium permite atingir uma taxa livre de cálculos mais alta no tratamento de cálculos renais, mas não ureterais. Estudos melhores são necessários para confirmar tal achado no futuro.

Comentário Editorial

Uma das grandes discussões de endourologia na atualidade é com relação à potência dos lasers no tratamento da urolitíase. O recente paper do European Urology faz uma revisão sobre o assunto tentando elucidar tal questão, e conclui que o laser de Thulium resulta em maior stone free para cálculos renais. A provável explicação para isso seja que com o laser de alta potência (> 60 W), conseguimos menor retropulsão no litotripsia, resultando em uma maior pulverização do cálculo. E o racional para se explicar ausência de vantagem no tratamento do cálculo ureteral seja a limitação no uso de alta energia no ureter, a fim de evitar lesão térmica do urotélio (máximo de 12-15 W) é, portanto, sem maior taxa livre de fragmentos ao final do procedimento. 

Referência

Uleri A, Farré A, Izquierdo P, Angerri O, Kanashiro A, Balaña J, Gauhar V, Castellani D, Sanchez-Martin F, Monga M, Serrano A, Gupta M, Baboudjian M, Gallioli A, Breda A, Emiliani E. Thulium Fiber Laser Versus Holmium:Yttrium Aluminum Garnet for Lithotripsy: A Systematic Review and Meta-analysis. Eur Urol. 2024 Jun;85(6):529-540. doi: 10.1016/j.eururo.2024.01.011. Epub 2024 Jan 29. PMID: 38290963.

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