
Ensaio controlado randomizado de depuração facilitada por propulsão ultrassônica de fragmentos residuais de cálculos renais versus observação.
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Introdução
Aproximadamente 50% dos pacientes com cálculos residuais pós tratamento minimamente invasivo (LECO, URS e NPC) para litíase renal têm eventos relacionados ao fragmento em um período de 5 anos. A propulsão ultrassônica é um procedimento não-invasivo e sem sedação, que usa imagens de ultrassom em tempo real e as próprias ondas de ultrassom focadas para direcionar os fragmentos ao ureter para facilitar a eliminação.
Objetivo
Avaliar eficácia e segurança da propulsão ultrassônica para direcionar os fragmentos ao ureter para facilitar a eliminação
Desenho do estudo
Estudo multicêntrico, prospectivo e randomizado.
Número de pacientes
80 pacientes
Materiais e Métodos
Pacientes adultos com fragmentos residuais ≤5 mm foram divididos em dois grupos (controle X tratamento).
Desfechos
O desfecho primário foi a recidiva medida pelo crescimento do cálculo, procura ao pronto-socorro relacionada ao cálculo ou cirurgia em 5 anos.
Critérios de inclusão e exclusão mais relevantes
Resultados
O grupo de tratamento (n = 40) teve um tempo de livre de eventos 52% maior do que o grupo de controle (p<0,003), com um tempo médio de 1.530 ± 92 dias vs 1.009 ± 118 dias, demonstrando risco menor global (RR 0,30, IC 95% 0,13-0,68). Mais pessoas desse grupo eliminaram espontaneamente os fragmentos residuais. Alguns efeitos colaterais leves foram notados (principais: dor lombar, polaciúria e hematúria), mas todos foram autolimitados e com resolução espontânea.
Comentário Editorial
Pacientes submetidos à propulsão ultrassônica no tratamento de fragmentos residuais pós tratamento de cálculos renais tiveram menos problemas no futuro, demonstrando que tal método é eficaz em diminuir eventos relacionados aos cálculos residuais e não tem efeitos colaterais significativos.
Artigo recém-publicado pelo Journal of Urology mostrando uma terapêutica direcionada aos fragmentos de cálculo residual após procedimentos minimamente invasivos no tratamento da litíase. Além de demonstrar eliminação mais eficiente após o tratamento em questão, o trabalho traz como pano de fundo a discussão sobre a importância dos fragmentos residuais, e como podem impactar o paciente no futuro, gerando procuras à emergência, novos procedimentos e crescimento do cálculo.
Ademais, devemos reconsiderar, assim como já está sendo feito pelas principais entidades de urologia ao redor do mundo, se de fato o conceito de “stone free” não deva ser o que realmente a expressão afirma: livre de cálculos, não aceitando fragmentos residuais, independente do tamanho.
Referência
Sorensen MD, Dunmire B, Thiel J, Cunitz BW, Burke BH, Levchak BJ, Popchoi C, Holmes AE, Kucewicz JC, Hall MK, Dighe M, Dai JC, Cormack FC, Liu Z, Bailey MR, Porter MP, Harper JD. Randomized Controlled Trial of Ultrasonic Propulsion-Facilitated Clearance of Residual Kidney Stone Fragments vs Observation. J Urol. 2024 Dec;212(6):811-820. doi: 10.1097/JU.0000000000004186. Epub 2024 Aug 15. PMID: 39146526; PMCID: PMC11560600.
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