
Efeito do Pessário versus Cirurgia na Melhora Relatada por Pacientes com Prolapso de Órgãos Pélvicos Sintomático: Um Ensaio Clínico Randomizado
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Introdução
O estudo avaliou a eficácia do tratamento com pessário em comparação com a cirurgia para prolapso de órgãos pélvicos sintomático. O ensaio clínico randomizado incluiu 440 mulheres, acompanhadas por 24 meses, para avaliar se o uso inicial do pessário seria não inferior à cirurgia em termos de melhora subjetiva dos sintomas. Os resultados mostraram que a taxa de melhora foi maior no grupo cirúrgico, e a alta taxa de conversão do pessário para cirurgia (54,1%) indica que muitas pacientes não se adaptaram ao tratamento conservador.
Objetivo
Avaliar se o pessário é não inferior à cirurgia no tratamento do prolapso de órgãos pélvicos sintomático.
Desenho do estudo
Ensaio clínico randomizado de não inferioridade.
Número de pacientes
440
Materiais e Métodos
Foram recrutadas 440 mulheres com prolapso de órgãos pélvicos estágio 2 ou maior, randomizadas entre pessário (218 pacientes) e cirurgia (222 pacientes).
Desfechos
O desfecho primário foi a melhora subjetiva dos sintomas, medida pela escala Patient Global Impression of Improvement (PGI-I).
A taxa de conversão entre tratamentos e eventos adversos também foram analisados.
Critérios de inclusão e exclusão mais relevantes
Prolapso de órgãos pélvicos com grau igual ou superior a 2
Resultados
- Aos 24 meses a melhora subjetiva foi relatada por 132 de 173 (76,3%) no grupo do pessário vs 132 de 162 (81,5%) no grupo da cirurgia (diferença de risco, -6,1% [IC unilateral de 95%, -12,7 a ∞]; valor de P para não inferioridade, 0.16)
- A taxa de conversão do pessário para cirurgia foi de 54,1%, com desconforto sendo o evento adverso mais comum (42,7%).
- No grupo cirúrgico, a taxa de infecção do trato urinário pós-operatória foi de 9%, e 3,6% das mulheres necessitaram de uma segunda cirurgia.
Conclusão do Trabalho
Este estudo sugere que o pessário pode ser uma opção inicial viável para algumas pacientes com prolapso de órgãos pélvicos, mas a alta taxa de conversão para cirurgia indica que muitas não se adaptam ao tratamento conservador.
A cirurgia demonstrou maior taxa de sucesso na percepção da melhora dos sintomas, o que pode influenciar a escolha do tratamento.
No entanto, o estudo também destaca a necessidade de melhorar a seleção das pacientes candidatas ao pessário, possivelmente com novas técnicas para prever a adaptação ao dispositivo.
Futuros estudos podem explorar abordagens combinadas e estratégias para aumentar a aceitação do pessário como opção terapêutica.
Referência
JAMA. 2022 Dec 20;328(23):2312–2323. Lisa R van der Vaart, Astrid Vollebregt, Alfredo L Milani, Antoine L Lagro-Janssen, Ruben G Duijnhoven, Jan-Paul W R Roovers, Carl H van der Vaart
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