
Associação entre depressão e bexiga hiperativa: um estudo transversal do NHANES 2011–2018
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Introdução
Este estudo transversal, baseado em dados do NHANES 2011–2018, investigou a associação entre depressão e bexiga hiperativa (BH) na população dos Estados Unidos. Incluiu 19.359 participantes, avaliando sintomas de depressão através do PHQ-9 e sintomas de BH pela escala OABSS. A prevalência geral de BH foi de 21,62%. A análise multivariada revelou uma associação positiva entre níveis crescentes de depressão e BH, com maior risco em indivíduos com depressão grave (OR = 3,74; IC 95% 2,37–5,90, p < 0,01) após ajustes. A idade foi identificada como um fator modificador na relação entre as condições.
Objetivo
Investigar a prevalência de BH em adultos dos EUA e avaliar sua relação com diferentes níveis de depressão.
Desenho do estudo
Estudo transversal utilizando o banco de dados NHANES, com avaliação de depressão pelo PHQ-9 e de BH pela escala OABSS.
Número de pacientes
19.359 participantes com idade ≥ 20 anos
Período de inclusão
2011 a 2108
Materiais e Métodos
Análises de regressão logística ajustadas para idade, sexo, etnia, nível educacional, renda, IMC, histórico de tabagismo, consumo de álcool, hipertensão, diabetes e doença cardíaca coronariana.
Resultados
Conclusão do Trabalho
O estudo reforça a associação positiva entre depressão e BH, destacando a necessidade de atenção especial à saúde mental em pacientes com sintomas de BH. Resultados anteriores já sugeriram uma relação bidirecional entre as condições, mas este estudo amplia o entendimento ao incluir uma grande amostra populacional e análise robusta. No entanto, limitações incluem o desenho transversal, que impede a inferência de causalidade, e o diagnóstico de OAB baseado em questionários, sujeito a vieses de memória e falta de exclusão de causas orgânicas.
Comentário Editorial
Os achados sublinham a importância de estudos longitudinais para explorar causalidade e potenciais intervenções que abordem a depressão como fator de risco para OAB. Pesquisas futuras devem também investigar o papel de antidepressivos e alterações no microbioma urinário na fisiopatologia da OAB. Em suma, este estudo contribui significativamente para a compreensão das interações entre saúde mental e sintomas urinários, apontando direções para pesquisas e práticas clínicas futuras.
Referência
J Affect Disord. 2024 Jul 1;356:545-553
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