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Super-Mini Nefrolitotomia Percutânea para Nefrolitíase: Uma Revisão Sistemática e Meta-análise

Autores do Artigo

Zeid M, Sayedin H, Sridharan N, Narayanaswamy A, Abul F, Jacob PT, Giri S, Sarica K, Almousawi S.

Revista

Cureus

Data da publicação

Dezembro 2022

Autor do Resumo

Editor

Publicação do Resumo

Janeiro 2025

  

Introdução

A miniaturização no tratamento da litíase evolui dia após dia. A técnica de mini nefrolitotomia percutânea (MP) (dilatação até 24 Fr) já está bem estabelecida com relação ao acesso convencional (>24 Fr).

Objetivo

Este estudo procurou comparar mini percutânea, e ureteroscopia flexível retrógrada (URSf), com um acesso percutâneo ainda menos calibroso, a super-mini percutânea (SMP) (até 14 Fr).

Desenho do estudo

Revisão sistemática e meta-análise

Número de pacientes

4323 

Materiais e Métodos

Foram conduzidas revisoes sistemáticas e metanálises no banco de dados Medline via PubMed e SCOPUS até maio de 2022 para recuperar os estudos relevantes. O Open Meta (Analyst) e o Review Manager 5.4 foram usados para realizar todas as análises.

Desfechos

Taxa livre de cálculos

Critérios de inclusão e exclusão mais relevantes

As evidências atuais sugerem que a SMP é uma técnica segura e eficaz no tratamento de cálculos renais em crianças e adultos. A SMP, além de seu baixo efeito traumático, mostrou alta SFR, baixa taxa de complicações e rápida recuperação após a operação.

Resultados

A taxa livre de cálculos do SMP foi de 91,4%. A análise combinada não mostrou diferença significativa entre a SMP e a MP (p=0,12) ou entre SMP e URSf (p=0,65). Por outro lado, a SMP teve uma melhor taxa de SFR quando comparada com a cirurgia intrarrenal retrógrada (p = 0,04). O tempo operatório médio combinado da SMP foi de 49,44 minutos (p < 0,001), que foi maior do que a mini-PCNL (p < 0,001) e menor do que a ureteroscopia (p < 0,00001). No grupo SMP, as complicações pós-operatórias foram as esperadas, e incluíram febre, dor e hematúria, com uma incidência de 7,6%, 2,3% e 3,4%, respectivamente. 

Comentário Editorial

Publicação recente que discute a constante evolução da endourologia voltada para a litíase, principalmente com relação a miniaturização dos elementos. A ideia óbvia é diminuir o risco de lesão ureteral, em casos de acesso retrógrado, e diminuir a lesão do parênquima renal e taxas de sangramento, nos casos de acesso percutâneo. De acordo com a revisão em questão, a super mini percutânea mostrou alta taxa de stone free e baixo índice de complicações. Contudo, dois pontos devem ser ressaltados: a seleção adequada do caso, e considerar que quanto menor o calibre do trato, maior chance de aumento da pressão intra-renal – e a atenção necessária advinda de tal evento, principalmente como infecção.

Referência

Zeid M, Sayedin H, Sridharan N, Narayanaswamy A, Abul F, Jacob PT, Giri S, Sarica K, Almousawi S. Super-Mini Percutaneous Nephrolithotomy for Nephrolithiasis: A Systematic Review and Meta-Analysis. Cureus. 2022 Dec 6;14(12):e32253. doi: 10.7759/cureus.32253. PMID: 36620813; PMCID: PMC9815048.

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